O dia das crianças é a próxima data comemorativa que deve ser pensada com carinho pelo comércio em geral. Afinal, essa data é considerada a mais importante do calendário sazonal e a que mais movimenta o comércio no Brasil durante o ano. Mas, se criança gosta mesmo é de brinquedo, como promover a sua loja de moda infantil, atrair clientes nesta data e vender mais?
Bem, você já deve ter percebido que para chegar a esse resultado, existe todo um processo desde a prospecção de clientes até a conversão em vendas, ou seja, desde o momento em que o cliente tem o primeiro contato com os produtos da sua loja até o momento em que a venda é fechada.
Várias empresas já entenderam isso e trabalham com o público infantil em campanhas e ações voltadas aos pequenos. Afinal, eles começaram recentemente sua jornada neste mundo, e mesmo sem condições de comprar com seu próprio dinheiro, são consumidores assíduos dos seus produtos.
Eles buscam seu espaço, e merecem ser vistos e ouvidos para se sentirem pertencentes ao mundo. Nesta data, especificamente, são eles que definem o que querem ganhar. E, claro que nesta idade (geralmente) roupa não está no topo da lista de desejos.
Mas então o que fazer para que as crianças fiquem felizes ao ganhar uma peça de roupa? É nesse momento que boas estratégias de marketing fazem a diferença para o seu varejo. Confira como é possível atingir seus objetivos nesta data mesmo em tempos de crise econômica e mudanças de comportamento de consumo.
Afinal, o que mudou?
Por mais que as marcas de roupas infantis tem seguido as tendências da moda e de hábitos de consumo do seu público-alvo, trazendo conforto, estilo e bem estar, em modelagens, estampas e cores que condizem com o jeitinho criança de ser, apenas expôr elas na vitrine não tem sido tão atrativo.
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Em tempos de alta concorrência no mercado, é preciso pensar fora da caixinha e fugir da mesmice. Criatividade e inovação são duas características que você, como lojista, precisa assumir para se sobressair à concorrência que continua com as mesmas ideias de anos atrás.
A pandemia do Coronavírus trouxe mudanças visíveis e significativas em pouco tempo. A necessidade de adaptação às novas regras, a crise econômica e o isolamento social, faz com que as pessoas economizem mais e passem a ter um consumo mais consciente, priorizando produtos associados aos bem estar físico, mental e social.
O desperdício e supérfluo tem sido deixado de lado, dando espaço apenas para o essencial à sobrevivência. É por isso que o varejo de moda infantil, continua sendo um dos poucos setores que tem resultados positivos em meio a crise.
A geração Alpha: o que consomem?
Autonomia e confiança para enfrentar os desafios e conquistas com consciência. A geração Alpha são crianças que estão em pleno desenvolvimento de suas habilidades (físicas e intelectuais), e por isso são por natureza desbravadores, intuitivos, corajosos e tecnológicos.
Eles nasceram depois de 2010, por isso a facilidade com o digital é inerente. Um recente estudo feito pela Play Pesquisa e Conteúdo Inteligente, mostra um aumento no acesso à internet desde o início da pandemia, no entanto, 91% dos entrevistados disse ter estreitado as relações familiares com o período de isolamento.
Ainda segundo a pesquisa, quando o assunto é presentear os filhos, 46% têm comprado do comércio local online, que entrega em casa, porque conhece, confia e há rapidez na entrega. Entre os produtos consumidos, brinquedos ficaram em primeiro lugar, com 36% dos votos, e roupas, com apenas 19%.
Porém, o cenário muda quanto às intenções pós-pandemia: 39% pretendem comprar roupas e calçados, porque seus filhos cresceram. Outro dado interessante é que a compra é feita pela necessidade do momento, independente da promoção. Apenas 28% têm aproveitado promoções online, dos quais 84% comprou quando precisou.
Entender as mudanças de comportamento e de consumo do seu público-alvo é essencial para que campanhas de marketing sejam assertivas, potencializando o resultado desejado. Agora que você já conheceu melhor a geração Alpha, que tal começar a pensar em ações divertidas, tecnológicas e sustentáveis?
O que é o Marketing infantil?
Um breve conceito de Marketing infantil para contextualizar ainda mais o que estamos falando.
Marketing infantil é o termo usado para designar o marketing de produtos e serviços focado nas crianças. Mais do que propagandas fofinhas, divertidas e encantadoras, o marketing infantil busca estudar o comportamento do consumidor infantil com base em estudos de mercado que definem o que as crianças desejam comprar, segundo suas necessidades e experiências.
O conceito de Marketing Infantil reforça o quão importante é conhecer o seu público-alvo, seus hábitos de consumo e a forma como se comporta. E como já dissemos, embora ainda não tenha poder aquisitivo de compra, a geração Alpha tem poder de influência na decisão dos pais ou responsáveis.
O que pode e o que não fazer
Segundo o calendário Comercial Infantil, o Dia das Crianças é a data mais importante, e por isso as campanhas devem ser planejadas antecipadamente e devem estimular a criatividade dos pequenos, despertando o interesse na interação com a sua loja. Para isso é preciso tomar alguns cuidados legais, morais e éticos ao usar a publicidade com e para elas.
É o lúdico e a magia da imaginação que motivam esse processo de criação de uma campanha. Brincar é o verbo que deve reverberar. Mas, na hora de criar uma campanha é preciso falar sério, com ações conscientes, linguagem adequada, sem expor ou abusar da vulnerabilidade e da inocência das crianças.
Busque planejar ações que despertem o desejo por mais conhecimento, que nutrem sentimentos de bem estar ao próximo, como solidariedade, empatia, respeito, amor, paz, proteção ao meio ambiente e autocuidado consciente, pois essas são as que trazem o melhor resultados.
Na publicidade, fique atento às leis de proteção à criança e ao adolescente. No Brasil as principais Normas em relação ao marketing e publicidade infantil pode ser encontradas na:
Constituição do Brasil (art. 227)
Estatuto da Criança e do AdolescenteCódigo de Defesa do Consumidor (art. 37, § 2°)
Resolução nº 163/2014 do CONANDA
Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (Seção 11)
Exemplos para estimular a sua criatividade
Trazemos aqui quatro exemplos de empresas que não tem as crianças como público-alvo, mas que acertaram nas suas campanhas voltadas para o universo infantil. Essas ações passam a mensagem de que existem marcas que se importam e cuidam delas, que acreditam nos seus sonhos e se preocupam com o seu futuro. Organicamente, isso ajuda a estimular o consumo de seus produtos.
Aqui deixamos algumas ações que podem inspirar a sua estratégia de marketing infantil, neste dia tão especial para elas:
Ypê e a campanha do Brinquedos de Pano
A Ypê, marca de amaciantes de roupas, não tem crianças como seu público-alvo. Mas, na sua campanha de Natal de 2016, mostrou que ganhar roupa de presente pode ser muito divertido.
Os colaboradores foram incentivados a doar roupas velhas, que foram transformadas em brinquedos de pano, que foram doadas às crianças do projeto social apoiado pela marca há 41 anos.
Sensibilidade e criatividade
Uma simples campanha que incentiva a doação de roupas usadas em desuso, pode gerar uma ação solidária, ressignificando o dia das crianças para muitas que não tinham motivo para celebrar. Por exemplo:
Você pode fazer uma parceria com costureiras artesãs da sua cidade. Assim, além de promover o trabalho manual delas, você estará ensinando sobre reutilização de peças de roupas, estimulando o desapego e o cuidado com o próximo.
A ação final pode ser a doação de peças customizadas, ou brinquedos de panos para instituições que acolhem e abrigam crianças órfãs, hospitais infantis, escolas mais carentes, projetos sociais ou para crianças em situações de vulnerabilidade social.
Leia para uma criança do Banco Itaú
Nos últimos 11 anos, o Banco Itaú mantém o seu compromisso de incentivar a leitura entre as crianças. A campanha Leia para uma criança distribuiu somente no ano passado 1,7 bilhões de livros para 700 municípios brasileiros considerados mais vulneráveis.
O Itaú acredita que ao ler para uma criança você contribui para o desenvolvimento da atenção, concentração, memória e raciocínio. Com a leitura, a criança amplia o vocabulário e entende melhor o mundo ao seu redor, afinal, com imaginação e criatividade, ela descobre novas possibilidades.
Para compreender o mundo através das experiências
Que tal estimular a leitura com uma feira de livros, onde as crianças podem trocar histórias e experiências? Ou um “mini sebo infantil”, onde é possível deixar um livro usado, e levar outro em troca? Ou ainda, um espaço na sua loja dedicado especialmente para a criança sentar e ler, independente se seus responsáveis estão fazendo compras ou não.
É possível ainda promover um dia de Contação de Histórias, em um espaço aberto, com apresentações de teatro, música ou dança. Brincadeiras educativas e interativas que podem ser aprendizado de artesanato, pintura, Diy, dando às crianças o seu pleno direito de aprender e brincar.
Lembre-se que o importante aqui não são as vendas, e sim, gerar oportunidades de experiências que mudarão a visão de mundo dos seus clientes.
LEGO e sua interação digital
Quando se fala de marketing infantil, a LEGO, marca de blocos de brinquedos que se encaixam, criada em 1932, tem sido expert em encantar a geração Alpha.
A marca tem diversas campanhas exemplares. Recentemente lançou uma rede social exclusiva para crianças de até 13 anos, que compartilham suas novas criações com as peças de Lego e recebem desafios do aplicativo.
Tecnologia X Antiguidade
Que tal montar um pequeno Museu do Brinquedo para mostrar para essa molecada como eram as brincadeiras antes deles nascerem? Informação e diversão nesse espaço, sem dúvida não faltará.
Afinal, carrinhos de rolimã, Ioiô, patins, Nintendo, Fliperama, bonecas de pano, peças colecionáveis, jogos de tabuleiro nunca saíram de moda. Uma ação assim, pode atrair públicos de várias gerações para visitar sua loja, promovendo ainda mais o seu nome.
Uma grande viagem no tempo pode ser uma experiência incrível para as crianças e seus pais, que estarão estreitando suas relações ao estimular o aprendizado por meio de novos desafios.
O Cata Nuvem da GOL
Para a GOL Linhas Aéreas Inteligentes, não poder tocar nas nuvens, nem levá-las para casa era a maior frustração na primeira viagem de avião das crianças.
Então a empresa aérea criou uma campanha, em 2014, na qual as crianças, durante um voo entre São Paulo e Fortaleza, puderam brincar com o Cata Nuvem, que dava a sensação de capturar as nuvens do céu. A ação mexeu com o imaginário infantil e ainda mostrou a capacidade da empresa em realizar sonhos.
O imaginário infantil e a capacidade de realizar sonhos
E aquele manequim ali, é só para mostruário mesmo? Que tal fazer dele a personagem principal da sua campanha de dia das crianças? Um simples boneco de gesso pode se transformar na criança projetada no futuro. Para isso, a sugestão é projetar um espaço que convide a criança a montar o look no manequim conforme o que ela imagina e sonha para si.
Visualizando o que ela deseja ser em um futuro não tão distante, brincando de faz de conta pode contribuir para a formação de jovens mais conscientes e seguros de si.
Para colher resultados efetivos
Contribuir com o imaginário dos pequenos, promovendo momentos de diversão e oportunizando aprendizado, devem ser o foco da sua campanha de dia das crianças. Não se esqueça que dentro da jornada de compra, a venda é apenas consequência de todo um processo. Acima de tudo é uma data para lembrar o quão é bom ser criança.
Para colher bons resultados, é preciso planejamento, organização, e principalmente presença digital. A publicidade e divulgação das suas ações devem conversar com as crianças e com seus pais, mesclando a linguagem e convidando-os para aquele momento de descontração e alegria que sua loja estará promovendo.
Quando a campanha acabar, não esqueça de mensurar resultados, pontuando o que deu certo e o que pode melhorar na próxima data comemorativa.
Compartilhe com a gente quais foram as suas ações mais efetivas ou ideias que teve para esse dia tão especial.