Em qualquer planejamento que a gente faça em nossas vidas, seja uma viagem prolongada, uma receita para o almoço do fim de semana ou simplesmente uma ida ao mercado, pede para que você já tenha uma certa quantidade de informações pré-estabelecidas para que seu planejamento funcione da melhor forma possível.
Qual o melhor horário para pegar a estrada? Qual a quantidade certa de tal ingrediente para preparar a receita? O que está faltando em casa para que a ida ao mercado valha a pena? Essas são algumas perguntas que você pode se fazer quando se vê diante de um planejamento rotineiro da sua vida.
Mas e no varejo? Como essa reunião de informações pode ajudar você a vender melhor? Primeiro, precisamos falar sobre Big Data.
O que é Big Data?
Basicamente, Big Data é um termo utilizado no marketing para falar sobre todos os dados gerados pelas organizações, sejam eles estruturados ou não. Pode-se dizer que o Big Data é formado pelos pilares dos 5 V’s: Volume de dados, Velocidade de captação, Variedade das fontes, Veracidade das informações e Valor efetivo para o seu negócio.
Por meio de ferramentas que fazem a captação e a análise de dados da forma correta, formando este Big Data, a empresa consegue obter informações relevantes para tomar as decisões mais adequadas para auxiliar nas vendas e no crescimento do negócio. Por exemplo, se o consumidor costuma adquirir determinada peça, a partir deste conhecimento a empresa pode criar ações específicas de divulgação.
A importância do Big Data para o varejo
Com a tecnologia de Big Data, a empresa consegue separar as informações mais relevantes e de valor efetivo para o negócio, utilizando os dados coletados para identificar tendências com seu público e sair na frente dos concorrentes. As respostas obtidas pela análise de dados, além de tudo isso, também contribuem para a redução de custos, a economia de tempo e o desenvolvimento de novos produtos e ofertas.
Vamos ver essas vantagens mais a fundo? Começaremos pela pessoa que mais importa nesse processo todo: o cliente.
A experiência do cliente
Muito mais do que simplesmente encontrar novos compradores, o Big Data oferece a possibilidade da empresa conhecer seu cliente. Seja antes, durante ou depois do processo de compra, o varejista possui em suas mãos muitas informações relevantes sobre o tratamento que deve ser dado para este cliente — dados estes adquiridos não somente pelas informações pessoais fornecidas, mas também por pesquisas de satisfação e índice de retorno à loja, por exemplo.
O varejo deve se propor a oferecer não só um produto, mas uma experiência de compra. Desde o primeiro contato com a empresa até o pós-venda, o cliente precisa se sentir satisfeito com o atendimento, o preço, o tempo de entrega e o suporte fornecido pela loja ou serviço depois da compra.
Uma dica para sempre estar disponível para o cliente é oferecer diversos canais de compra e de contato, fazendo com que o cliente se sinta mais seguro e suportado pela loja. Acelerar processos burocráticos, como importar informações das redes sociais ao invés de criar todo um cadastro, também é uma boa ideia. Quanto menos tempo até o fechamento da compra, menores as chances do cliente desistir dela!
Ofertas personalizadas
Com as ferramentas de Big Data, os varejistas conseguem saber vários dados de compra dos clientes, como ticket médio, produtos mais comprados em determinadas épocas, monitoramento do caixa para saber os itens mais vendidos, formas de pagamento preferidas e aderência a promoções.
Através destes e outros dados coletados, é possível criar ofertas pensadas especialmente para cada tipo de consumidor. Por exemplo, se um cliente compra roupas de inverno, é possível oferecer promoções em meias e gorros. Se um cliente está comprando fraldas constantemente, é melhor fazer oferta de outros itens voltados para bebês, como lenços umedecidos e pomadas.
Ponto de venda mais atrativo
Atualmente, já existem tecnologias que identificam o que os clientes fazem dentro do ponto de venda. Desta forma, o varejista ganha informações para elaborar ações mais assertivas dentro da própria loja. Quer um exemplo? Existem sensores que conseguem identificar o trajeto que o consumidor faz desde o momento que entra no estabelecimento até a finalização da compra.
E se você usar este trajeto observado para criar uma rota diferenciada, que valorize a experiência do consumidor dentro do local? Isso já é feito em supermercados, por exemplo, onde a maioria dos consumidores precisa passar por diversos corredores até chegar no setor de destino. Até lá, com certeza foi atraído por algum outro produto ou lembrou-se de algo que precisava, aumentando o volume do seu carrinho. E quem nunca pegou um chocolate na hora de passar as compras no caixa? Aqueles itens estão ali para fisgar rapidamente a atenção dos consumidores.
Por isso, proporcionar um ponto de venda com mais atrações para os clientes é algo que faz a empresa ter destaque entre os consumidores. Outra forma de satisfazer os clientes nesse quesito é identificar os horários de maior movimento para aumentar a equipe e a estrutura disponível nesses momentos. Assim, o atendimento do consumidor é mais ágil e a satisfação é maior.
Previsão de demanda e de tendências
Ao analisar o comportamento e os dados do público, é possível saber se o estoque em sua loja é suficiente, antecipando-se às compras. Essa previsão colabora não só para a loja se preparar para as demandas sazonais, como também ajuda a oferecer os itens que realmente são necessários, evitando estoques parados. Criar mapas de tendência de consumo é algo fundamental tanto para quem já possui produtos em estoque quanto para quem quer aumentar o leque de produtos que oferece e assim manter-se por dentro das tendências.
As informações coletadas pelo Big Data também servem como ferramentas estratégicas visando o futuro do seu negócio no mercado competitivo. Algumas ferramentas permitem o monitoramento dos concorrentes e de todo o mercado, criando uma visão panorâmica que ajuda a manter a empresa no caminho certo, investindo em mercados promissores e tornando-se cada vez mais competitiva.
Ao observar estes dados de comportamento do público e dos concorrentes, a empresa pode focar mais em planejamentos e investimentos que trarão resultados certos, gastando menos dinheiro e menos recursos com estratégias pouco eficientes.
Pós-venda
Manter-se presente na vida do cliente depois da compra é algo essencial, mas algo que também não deve ser exagerado. Por isso, um dos maiores desafios dos varejistas é a fidelização dos consumidores.
O Big Data é útil nesse sentido pois facilita o pós-venda. Quando um cliente fizer o cadastro em um programa de fidelidade, por exemplo, toda vez que ela fizer compras na loja, os dados sobre seu padrão de compras serão atualizados pela ferramenta de Big Data. Assim, o varejista poderá enviar para o WhatsApp do cliente ofertas feitas especialmente para eles, aumentando as chances dele retornar mais rapidamente para o estabelecimento.
Ao saber as preferências de compra do cliente, podem ser criados e-mails personalizados para chamar a atenção, oferecendo cupons de desconto e outras ofertas, também personalizadas. Quanto mais pessoal for o seu e-mail marketing ou outra mensagem de contato, menos chances de o cliente ignorá-lo. Saiba criar gatilhos mentais (nós demos algumas dicas aqui nesse link) e anúncios atrativos para deixar a sua oferta menos genérica possível.
Ah, e vale lembrar que oferecer cashback para o cliente também está se tornando tendência para fidelizar o consumidor, então vale a pena ficar ligado nessa possibilidade!
O Big Data é útil em qualquer modelo de negócio
Estas foram apenas algumas dicas e alguns exemplos para você ver a quantidade de vantagens que o Big Data pode trazer, garantindo os melhores resultados para o seu negócio. E é uma estratégia em ascensão: o uso de Big Data no varejo vem crescendo cada vez mais no Brasil. Segundo o grupo de consultoria Frost & Sullivan, o nosso país está no topo do ranking de uso de dados na América Latina, chegando a 46,8% do mercado. E aí, preparado para usar o Big Data na sua estratégia?
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